Um diretor da escola de samba Águia de Ouro de 66 anos foi preso, por volta das 12h30 desta sexta-feira (31) em Pirituba (zona norte de SP), acusado de estuprar uma mulher com síndrome de down, no ano passado. Ele era considerado foragido, pois a Justiça havia expedido uma sentença de 14 anos de prisão, em dezembro de 2018.
Segundo a Divisão de Capturas, o acusado residia no litoral sul paulista, mas subia a serra para frequentar eventos na escola de samba. “A equipe destacada para o caso passou a realizar campanas em alguns endereços possíveis e conseguiu detê-lo na rua Gualter de Azevedo”, diz trecho de nota da Polícia Civil.
O caso foi denunciado pela mãe da vítima, que era enteada do acusado e contava com 27 anos na ocasião do crime. “Foram reunidos conjuntos probatórios robustos em desfavor do acusado. A vítima afirmou que havia ocorrido [abusos sexuais] em outras ocasiões”, acrescentou a polícia.
A presidência da Águia de Ouro afirmou “abominar” este tipo de situação. Garantiu que o acusado foi afastado no momento em que soube da acusação, por meio da reportagem do Agora. “Foi uma surpresa, abominamos isso e não há palavras a serem ditas”, afirmou o presidente Sidnei Carriuolo.
A reportagem constatou que, apesar de foragido da Justiça, o agora ex-diretor de escola de samba consta como membro da diretoria dos CDCs (Clubes da Comunidade) da Subprefeitura da Lapa (zona oeste de SP).
Resposta
A gestão Bruno Covas (PSDB) afirmou que o desligamento do acusado dos quadros dos CDCs cabe à "diretoria gestora". "O que cabe a Seme [Secretaria Municipal de Esportes] é a administração/fiscalização documental dos clubes da comunidade, tendo em vista que os Clubes da Comunidade são pessoas jurídicas de direito privado, legalmente constituídas sob a forma de associação de pessoas para fins não econômicos", diz trecho de nota.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.