Justiça arquiva inquérito sobre morte de criança no metrô

Decisão judicial foi tomada após pedido da Polícia Civil

São Paulo

A Justiça arquivou o inquérito que investigava as responsabilizações pela morte do pequeno Luan Silva Oliveira, 3, que foi atropelado por um trem da linha 1-azul do metrô, em 23 de dezembro passado, entre as estações Santa Cruz e Praça da Árvore (zona sul da capital paulista). 

A decisão, de 27 de maio deste ano, ocorreu após o judiciário analisar pedido do Ministério Público e da Delpom (Delegacia do Metropolitano), responsável pela investigação do caso. 

Cancela no final da plataforma do metrô Santa Cruz, sentido Jabaquara, por onde passou o garoto Luan, 3. Ele foi encontrado morto dentro do túnel. O acidente ocorreu no dia 23 de dezembro de 2018 - Rubens Cavallari - 23.dez.18/Folhapress

Segundo o delegado Marcelo Monteiro, ele realizou várias ponderações sobre o caso, incluindo de que houve por parte da mãe da criança homicídio culposo (sem intenção de matar). “Mas ela já foi punida pelo destino, com a morte do filho. Por isso deixei de indiciar a mulher, não formalizei o pedido e submeti o caso ao Judiciário com a sugestão de arquivamento”, afirmou.

O dia 23 de dezembro de 2018 caiu em um domingo. Luan  viajava com parentes no sentido Jabaquara (zona sul da capital paulista). Na estação Santa Cruz, pouco antes de a porta se fechar, correu para fora do trem e acabou sozinho na plataforma. 

Ele só foi encontrado tempos depois nos trilhos, ainda com vida, a 200 metros da plataforma, no túnel em direção à Praça da Árvore. Porém, a criança morreu instantes depois, de traumatismo cranio encefálico. 

Imagens feitas por câmeras de monitoramento mostram Lineia Oliveira Silva, 25, mãe do garoto, tentando correr atrás do filho, Porém, a porta do vagão se fecha, impedindo que ela vá atrás da criança. Após isso, o trem segue sentido Jabaquara. 

Ainda segundo as câmeras, a criança se desvencilhou da mãe e saiu rápida e inesperadamente do vagão. “Ela fez o que estava ao alcance dela e não tem culpa pela tragédia que ocorreu com o filho. As imagens também confirmam os depoimento de Lineia e dos demais familiares dela na delegacia do Metrô no início do ano”, afirmou Ariel de Castro Alves, advogado da mãe de Luan.

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