Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apuram, desde o dia 2 de julho, um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado utilizando a compra de vale-refeição.
Até esta quarta-feira (3), foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em centrais de comercialização.
No total foram apreendidas 175 máquinas de leituras de cartões e R$ 171.952,25 em dinheiro. Pelo menos 17 pessoas foram ouvidas em declarações sobre a atividade. Ninguém foi preso.
Os policiais da 3ª DIG (Investigações sobre Lavagem de Dinheiro) cumpriram mandados de busca e apreensão em 13 centrais de compras localizados nos bairros da capital paulista Bela Vista, Consolação, República, Santa Cecília e Sé (centro), Campo Limpo, Itaim Bibi e Vila Mariana (sul), e no Tatuapé (leste).
Nos locais foram apreendidos dinheiro, máquinas de leitura de cartões, 471 cartões de vale-refeição e vale-alimentação, além de documentos referentes à contabilidade do esquema.
Num ponto de troca localizado na rua Treze de Maio, na Bela Vista, foram encontrados 99 máquinas de leitura de cartões e pouco mais de R$ 55 mil.
Também foram recolhidos materiais para o desdobramento das investigações, que passarão por perícia.
Segundo o delegado-titular da 3ª Delegacia DIG, André Figueiredo, as apurações têm como alvo descobrir a procedência do dinheiro utilizado para pagar ilegalmente valores adquiridos nos cartões de vale-refeição. “Cobram ágio entre 10% a 20% do saldo, mas não tem como justificar qual a procedência do dinheiro com o qual paga o dono do cartão”, explicou Figueiredo.
As ações fazem parte da operação Limos - uma referência à deusa que representa a fome na mitologia grega.
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