Os ciclistas que transitam entre os bairros da Vila Mariana e do Jabaquara, na zona sul da capital, não têm faixa exclusiva no percurso.
A ciclovia na rua Domingos de Morais ainda não começou a ser construída. A data prometida para o início das obras era 16 de dezembro de 2019, de acordo com a prefeitura, sob gestão Bruno Covas (PSDB). No local, existe apenas uma placa até o momento.
Incluso no Plano Cicloviário da cidade de São Paulo, o trecho de dois quilômetros ligará a estação Vila Mariana da linha 1-azul do metrô até a avenida Jabaquara.
Sem custos para a Prefeitura de São Paulo, a obra é paga pelo Colégio Marista Arquidiocesano. A ação seria uma compensação de impacto no trânsito pela ampliação das atividades da instituição, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Em maio de 2019, reportagem do Agora mostrou que, mesmo com o projeto aprovado em audiência pública em 2018, a prefeitura não havia iniciado a implantação da ciclovia.
Na quarta-feira (8) e nesta segunda-feira (13), a reportagem percorreu todo o trecho da avenida e viu apenas uma placa informando sobre a obra.
Evandro Santos Souza, 24, faz entregas todos os dias de bicicleta, pela região. Ele costuma andar pelo canto da pista para desviar dos carros. "É perigoso. Mas, fazer o quê?", afirma.
José Brito, de 54 anos, que trabalha na Vila Mariana com frequência, também já observou situação parecida. "Aqui, ciclista fica andando no meio dos carros", conta o motorista de aplicativo. Na região é comum ver ciclistas também transitando pelas calçadas.
Resposta
As obras da ciclovia foram iniciadas na última quarta-feira (8), segundo a CET. Em nota, o órgão afirma que "a empresa Infravias, contratada pelo Colégio Arquidiocesano é a responsável pela obra da ciclovia". A CET afirma ainda que os projetos da ciclovia "passaram por todas as revisões necessárias" e "foram liberados em dezembro de 2019".
Já o Colégio Marista Arquidiocesano informa que o cronograma da obra começou em janeiro "devido à finalização dos trâmites" das atividades. Em nota, o colégio afirma que "já teve início a etapa de topografia" e que o projeto dura "cerca de 120 dias dependendo das condições climáticas".
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