O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que representa os sete municípios da região (Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), decidiu, nesta quarta-feira (18), suspender temporariamente o transporte público municipal para combater a proliferação do coronavírus.
Segundo as autoridades, a suspensão será gradativa até o dia 28. A partir do dia 29, nenhum ônibus do transporte público municipal deverá circular na região.
O ABC conta com uma população de cerca de 2,8 milhões de habitantes e, segundo o consórcio, existem 432 mil pessoas acima dos 60 anos (16,5% do total).
Presidente do consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, afirmou que não houve outra alternativa, diante da expansão do vírus. “É um período de guerra e por isso precisamos tomar essas atitudes”, disse. O transporte público municipal carrega 14 milhões de passageiros ao mês no ABC (um mesmo morador pode tomar ônibus mais de uma vez).
“A atitude de paralisar o transporte público municipal vem com a finalidade de evitar que as pessoas saíam de casa”, afirmou Maranhão.
O presidente do consórcio disse também que cada município deverá contratar serviços de transporte emergencial para atender pessoas que necessitem ser levadas aos hospitais.
Sobre a expansão da restrição no transporte às linhas intermunicipais e à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Maranhão diz que entrará em contato com o governo.
A vendedora Liliane da Silva Rodrigues, 27 anos, mora em São Bernardo do Campo e pega dois ônibus até Santo André, onde trabalha. Um dos trechos é feito em um coletivo do transporte municipal andreense e a interrupção do serviço a partir do dia 29 preocupa. “Acho que é uma boa medida em relação à contaminação. Mas, onde trabalho, não haverá paralisação. Não terei como chegar ao serviço”, diz.
Metrô e CPTM têm álcool vencido
Funcionários do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) afirmam que as duas empresas de transporte, sob a gestão de João Doria (PSDB), têm disponibilizado álcool em gel vencido, e que nem sempre há o produto nas estações e postos de trabalho.
O Metrô diz que oferece lote fabricado em fevereiro, válido por 24 meses. A CPTM diz que comprou, nesta terça (17), novo lote e que os itens serão distribuídos até semana que vem
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