Monotrilho de São Paulo segue sem data para voltar a funcionar

Linha 15-prata está sem operar desde o fim de semana por causa de falhas nos pneus dos trens

Fábio Munhoz
São Paulo

Após cinco dias paralisada, a linha 15-prata do metrô ainda não tem data para voltar a operar. O monotrilho, que liga as estações Vila Prudente e São Mateus, na zona leste da capital paulista, está sem funcionar por causa de falhas nos pneus das composições. Um deles chegou a estourar na semana passada.

"O Metrô segue cobrando urgência na resolução do problema e só reabrirá a linha com todas as garantias de seu funcionamento adequado", afirmou a empresa.

Segundo o Metrô, a inspeção da via e dos trens é responsabilidade do Consórcio Expresso Monotrilho Leste, formado pelas empresas Bombardier, OAS e Queiroz Galvão. O Metrô diz que seu departamento jurídico "estuda as formas de penalização do consórcio pelos problemas causados, como também o ressarcimento dos prejuízos decorrentes desta paralisação".

As três empresas que compõem o consórcio foram procuradas, mas não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

A Michelin, que fornece os pneus que operam na linha 15, afirma que as análises preliminares "confirmam que o pneu não foi a causa dos problemas apresentados". Procurado para comentar a afirmação feita pela empresa, o Metrô não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

O possível estouro do pneu, porém, lançou do alto da estrutura elevada do monotrilho uma placa de metal que caiu na avenida Sapopemba, na zona leste.

O monotrilho anda sobre uma estrutura elevada, com até 15 metros de altura. Diferentemente dos metrôs convencionais, as composições do monotrilho rodam sobre pneus de borracha.

Dentro dos pneus há uma peça de metal pesada, o que colocou em risco quem passava pela via.

Em entrevista à rádio CBN, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que "todos os outros projetos da linha 15-prata estão sendo reavaliados". O planejamento original para o monotrilho, feito ainda durante a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), prevê a extensão do ramal até a Cidade Tiradentes, com mais oito estações além das dez que já estão em operação.

Também está em construção o monotrilho da linha 17-ouro, que ligará o aeroporto de Congonhas à estação Morumbi, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

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