Covas recomenda por decreto que população use máscara nas ruas em SP

Orientação é para priorizar itens caseiros e deixar os produtos profissionais para a área de saúde

São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), recomendou que os paulistanos passem a utilizar máscaras de proteção como forma de prevenção a contaminação pelo novo coronavírus quando saírem de casa neste período de quarentena.

Segundo decreto publicado pela administração municipal nesta quinta-feira (16), a orientação não muda a recomendação de isolamento social. O uso das máscaras deve ocorrer "sempre que possível, e quando for necessário sair de casa".

Usuários com mascara circulam na estação Consolação do metrô, em São Paulo - Eduardo Knapp - 20.mar.20/Folhapress

Para a população em geral, a orientação é que se utilize máscaras caseiras. A prefeitura pede também que evite os itens fabricados para uso hospitalar, nestes casos.

"Aquelas de pano feitas em casa. Essas máscaras devem ser utilizadas todas as vezes que vamos às ruas. O objetivo é proteger e evitar que, involuntariamente, as pessoas assintomáticas possam transmitir o vírus para outros", disse Covas durante coletiva de imprensa, nesta quinta.

"Usar máscaras caseiras é uma atitude de respeito ao próximo. É uma recomendação da OMS [Organização Mundial de Saúde] e do Ministério da S- estratégia que todos os países asiáticos adotaram e que contribuiu para disseminação do vírus", afirmou.

As máscaras caseiras podem ser produzidas segundo as orientações disponíveis no site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br. Além de recomendar que a população utilize máscaras ao sair de casa, a prefeitura também solcita que os fabricantes e distribuidores do produto priorizem o abastecimento da rede de saúde.

Horário das atividades

Nesta quarta-feira (15), Covas já havia publicado uma recomendação com horários de abertura para os estabelecimentos que estão em atividade durante a pandemia do novo coronavírus.

O texto estabelece que locais como lavanderias, mercados, comércio de materiais de construção e farmácias devem iniciar as atividades antes das 6h ou após às 11h.

Segundo o documento divulgado pela administração municipal, a medida vale também para os serviços públicos (municipal, estadual e federal), desde que não sejam serviços essenciais.

As recomendações sobre o horário de funcionamento das atividades é validade ainda para industriais, comerciais e de serviços durante o estado de calamidade pública para enfrentamento da pandemia decorrente do coronavírus.

"A medida visa a redução da aglomeração de pessoas nas vias e logradouros públicos, em especial nos terminais e pontos de transporte urbano de passageiros nos horários de maior demanda", diz o texto da prefeitura.

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