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Saiba quais cuidados tomar para ir ao hospital

Durante a pandemia, serviço só deve ser procurado em casos que não podem esperar

Diante da pandemia do novo coronavírus, recomenda-se que as pessoas fiquem em casa, lavem as mãos, e não vão a hospitais sem urgência. Ainda assim, quem precisa buscar atendimento de saúde pode tomar alguns cuidados para reduzir o risco de contrair o vírus.

"Na hora de ir ao hospital, é preciso ter bom senso", recomenda Luiz Relvas, infectologista do Hospital Santa Marcelina, na zona leste.

Ele explica que as pessoas devem evitar hospitais, se tiverem sintomas de gripe comuns, como coriza, tosse ou queixas leves. Agora, se a situação for grave, envolvendo sintomas como dores no peito ou dificuldade para respirar, por exemplo, a pessoa deve procurar o serviço de saúde.

Neste momento também é recomendado adiar consultas e exames que não são urgentes. "Não se exponha sem necessidade", afirma Ana Freitas, médica sanitarista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Caso seja necessário ir ao hospital, os médicos recomendam higienizar as mãos constantemente, seja com água e sabão ou álcool em gel. Freitas lembra que trocar de roupa e tomar banho após chegar em casa também é importante.

Relvas afirma que há hospitais que separam um local específico e fornecem máscaras para pessoas com sintomas de gripe ou suspeita de coronavírus. Os médicos recomendam que o uso da máscara de proteção seja feito por este grupo e pelos profissionais de saúde.

Para Freitas, o uso pode ser estendido para quem tenha contato com alguém doente ou vá para um lugar fechado, como hospital. Nesse caso, ela explica que a pessoa pode cobrir o rosto com uma echarpe caso não tenha máscara descartável. Em ambos os casos é importante manusear o item com cuidado.

Fachada do hospital municipal Tide Setubal, na zona leste, no dia 15.jan.2020. - Rivaldo Gomes/Folhapress

Cuidados ao procurar um hospital

Evite ir nos casos de

  • Queixas simples, como dores leves;
  • Sintomas gripais comuns e sem gravidade, como coriza e tosse;
  • Para tratar doenças crônicas sem urgência (prefira marcar consultas do que ir ao pronto socorro);
  • Consultas ou exames;
  • Remarque os procedimentos que não são urgentes;
  • Vale entrar em contato com a central de atendimento para ouvir a recomendação do seu médico.

Vá em casos de emergência

Por exemplo:

  • Pessoas com dores no peito;
  • Sintomas de AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • Crises de dor;
  • Que tenham sofrido um acidente;
  • Pessoas com sintomas graves de COVID-19, como falta de ar.

O que levar

  • Álcool em gel.

Use máscaras

  • Indicadas para pessoas que apresentam sintomas de gripe e profissionais de saúde;
  • Que tenham tido contato com infectados pela COVID-19;
  • Que vão para um local fechado, como hospital ou transporte público;
  • Atenção:
    • A máscara é uma área contaminada;
    • Retire-a pelo elástico e não toque na parte frontal;
    • Tome cuidado ao descartar ou higienizar, caso seja de tecido;
    • Se não tiver máscara, vale utilizar uma echarpe, por exemplo, mas lave-a assim que chegar em casa;
    • Os tecidos não têm o mesmo efeito que as máscaras contaminadas, mesmo assim servem como uma “barreira”.

No hospital

  • Há unidades que orientam e isolam pacientes com sintomas de COVID-19;
  • Na recepção, explique o seu caso e pergunte qual é o procedimento do local;
  • Procure lavar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel sempre que tocar superfícies como maçaneta, balcões, bebedouros e cadeiras;
  • Também higienize as mãos ao sair do ambiente;
  • Evite ir ao banheiro ou ficar em locais que tenham sujeira visível;
  • Caso não tenha, utilize, lave as mãos com água e sabão e as seque com toalha descartável.

Ao chegar em casa

  • Higienize as mãos antes de tocar em objetos da casa, como maçanetas;
  • Troque a roupa usada no hospital;
  • Lave a roupa separadamente;
  • Tome banho.

Fontes

  • Ana Freitas, médica sanitarista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professora nos cursos de medicina da Uninove e USCS (Universidade São Caetano do Sul).
  • Luiz Relvas, médico infectologista do Hospital Santa Marcelina.
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