Ação social promove vacinação e distribui alimentos na zona leste de SP

Instituição da Vila Jacuí atendeu cerca de 200 famílias na manhã desta segunda-feira (14)

São Paulo

Associação Aqualiprof, que atua há quase 20 anos na zona leste de São Paulo, organizou uma ação social para distribuir alimentos e kits de higiene aos moradores da Vila Jacuí. Segundo a presidente da instituição, Janaína da Silva Santos, 47 anos, cerca de 200 pessoas foram atendidas somente no período da manhã.

Para a cabeleireira Beatriz Rosa Mesquita de Carvalho, 23, o evento “foi bem organizado”. Ela já conhecia o trabalho da associação e foi na ação desta segunda com o pai. “Costumo ir toda semana buscar leite, aí aproveitei e peguei a cesta e kit de higiene”, afirma.

Às segundas-feiras, o galpão, onde as atividades da associação são realizadas, é ponto de distribuição do Viva Leite, programa do governo estadual.

A aposentada Maria Elza de Oliveira de Souza, 62, também elogiou a iniciativa. Moradora da Vila Jacuí há quatro anos e frequentadora da associação há dois, ela soube da ação por um grupo de WhatsApp. “Eu peguei cesta básica, leite e máscara", diz.

“Estamos seguindo o protocolo de saúde, com máscara, álcool em gel e distanciamento”, conta o voluntário Wellington Machado, 55. Ele afirma que a iniciativa começou às 9h com café da manhã solidário, doado por uma padaria. Além da entrega de cestas básicas, máscaras e kits de higiene, funcionários da UBS (Unidade Básica de Saúde) Cidade Pedro Nunes vacinaram moradores contra o sarampo e deram palestras sobre saúde da mulher e cuidados relacionados ao novo coronavírus.

Machado conta que a instituição nasceu em 2001 para ajudar famílias carentes da zona leste. “Agora, em 2020, com essa pandemia, o nosso trabalho aumentou. Apareceu mais demanda”, afirma.

A presidente Janaina é moradora da Vila Jacuí. Ela diz que a população da região precisa de ações desse tipo. “Por causa da pandemia, muita gente ficou desempregada. A gente procura ajudar no que pode”, afirma.

As atividades são feitas por voluntários e as doações são de moradores que frequentam o local. Em alguns casos, a organização consegue parcerias. “A instituição conseguiu atender mais de 1.000 famílias nessa pandemia”, afirma.

A presidente conta que a instituição também tem passado por dificuldades neste período. O galpão onde as atividades acontecem é alugado. Nos últimos meses, a instituição tem atrasado o pagamento do aluguel por falta de recursos.

Segundo ela, a Associação Aqualiprof não tem fins lucrativos e desenvolve mais de 16 tipos de atividades de segunda a sábado, como dança, música, artes marciais, reforço escolar e cursos. Devido a pandemia, elas ficaram paralisadas até o fim de agosto. Desde que foram retomadas, acontecem seguindo distanciamento, medição de temperatura na entrada, uso de máscara, disponibilização de álcool em gel e redução de participantes.

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