Descrição de chapéu trânsito

Alteração do Código de Trânsito sancionada pelo presidente tem seis vetos

Modificações foram feitas após manifestação do Ministério da Infraestrutura

São Paulo

No despacho em que sancionou a lei que altera o Código de Trânsito, o presidente Jair Bolsonaro vetou seis pontos do projeto de lei por "contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade". As alterações podem ser derrubadas pelo Congresso Nacional no prazo de até 30 dias.

Um dos vetos foi à proposta de que motos ficassem livres para transitar no "corredor" em trânsito lento ou parado. A razão para barrar a mudança se dá porque a determinação "reduz a mobilidade" desses veículos, o que seria seu "diferencial" e "que colabora, inclusive, na redução dos congestionamentos."

"A dificuldade de definição e aferição do que seja 'fluxo lento' aumenta a insegurança jurídica sendo inviável ao motociclista verificar se está atendendo eventual regulamentação do Contran", afirma o veto.

Dois outros vetos são sobre a necessidade de especialização de médicos e psicólogos para a realização de exames para obtenção e renovação da carteira. "Pois não é crível que os profissionais que não dispõem dessa titulação não possuam prática necessária para a realização de tais exames", diz o texto.

Também caiu o trecho que dizia que médicos e psicólogos teriam até três anos para obter a titulação de especialistas.

Foi vetado o artigo que indicava que a Autorização Especial de Trânsito seria emitida para veículos de carga fora dos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Contran. O documento seria concedido após requerimento que especificasse as características do veículo e da carga por um período de no máximo 30 dias.

A necessidade de avaliação psicológica de condutores que se envolverem e tenham contribuído para um acidente grave também foi vetada.

O último veto foi à previsão de multa a um vendedor que deixasse de encaminhar ao órgão de trânsito estadual o comprovante da transferência de propriedade em 60 dias depois do prazo estabelecido. Segundo o texto, a medida seria uma dupla penalidade, já que há previsão de que o comprador seja multado nesse caso.

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