Escolas da rede municipal de SP entram em recesso nesta quarta (17)

Paralisação, que estava programada para ocorrer em julho, foi antecipada por causa da pandemia; aulas presenciais voltam no dia 5 de abril

Juliana Finardi
São Paulo

A partir desta quarta-feira (17), todas as escolas da capital paulista estarão fechadas e com aulas presenciais suspensas. Nas redes municipal e estadual também não haverá aula online. A medida, que faz parte da fase mais restritiva do Plano São Paulo, visa conter o avanço nos casos de Covid-19 na capital.

Na rede municipal, 1 milhão de alunos iniciam antecipadamente o período de recesso, que seria no mês de julho, conforme o calendário escolar. As aulas presenciais serão retomadas no dia 5 de abril, após o feriado de Páscoa.

Pátio vazio na EMEF Professor Fernando de Azevedo, na zona leste da cidade de São Paulo - Rivaldo Gomes-1º.mar.2021/Folhapress

Durante o período de recesso, as escolas funcionarão em horário reduzido, das 10h às 16h, com rodízio entre funcionários gestores e as mães guardiãs, que atuam nos serviços de aplicação dos protocolos sanitários. Além de manter a rotina de adequação dos locais aos protocolos de segurança da Covid-19, os serviços de limpeza, pequenos reparos e poda de mato continuarão a ser executados. Todos os estudantes continuam a receber o repasse no cartão merenda: R$ 101 para creche e CEI, R$ 63 para Emei e R$ 55 para Emef.

As escolas estaduais permanecem em recesso até o dia 28. Foram antecipados os dois períodos de folgas que aconteceriam em abril e outubro. Apesar da suspensão das aulas, permanecem abertas para o fornecimento das merendas, entrega de materiais e chips de internet para os alunos acessarem o ensino remoto. Cada escola se organiza para que não haja aglomeração e recebe os alunos com horários agendados. O governo também orienta as escolas a manterem um número mínimo de funcionários e equipe gestora trabalhando de maneira escalonada.

As escolas particulares discordam do fechamento e solicitam, por meio de ofícios à Prefeitura, que possam permanecer em funcionamento com aulas presenciais para filhos de trabalhadores dos serviços essenciais e crianças com transtornos. “Nosso grande argumento é que as crianças menores precisam muito deste acolhimento. É impossível dar aula online para os pequenos. O que salvou no ano passado foi o reforço e o acolhimento de outubro a fevereiro”, disse Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo).

Resposta

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação, gestão Bruno Covas (PSDB), diz que segue as determinações da Saúde e que as escolas particulares poderão optar por permanecer com aulas online ou antecipar o recesso ou férias.

Além disso, afirma que vai manter abertas as vagas em creches para filhos de trabalhadores de áreas essenciais ao enfrentamento da Covid-19 na fase de emergência. “O atendimento será realizado para as crianças de 0 a 3 anos, matriculadas na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, cujos pais ou responsáveis atuem nas áreas da saúde, segurança, assistência social e serviço funerário que não tenham condições de manter seus filhos em casa, evitando a exposição à possível contaminação. O suporte será disponibilizado em unidades polo, portanto, a criança não será atendida no centro educacional em que frequenta. Haverá a necessidade de deslocamento, caso a família tenha interesse. Após a inscrição, serão analisadas as possibilidades de atendimento de acordo com os endereços indicados e a coordenação da Secretaria Municipal de Educação entrará em contato por telefone ou e-mail.”

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