As aulas presenciais foram suspensas em 12 escolas da rede municipal de São Paulo, após a confirmação de casos de contaminação pelo novo coronavírus. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (1º) pela secretária adjunta de Educação da capital paulista, Minéa Fratelli.
No fim de semana, a direção da Emef (Escolas Municipal de Ensino Fundamental) Águas de Março, no Conjunto Residencial José Bonifácio (zona leste), publicou nas redes sociais um comunicado informando que, na última sexta-feira (26), a unidade teve "a suspeita e confirmação do contágio de várias pessoas" da comunidade escolar por Covid-19.
Os casos, segundo a nota, foram "registrados e informados pela UBS [Unidade Básica de Saúde] de referência". Após a confirmação, as atividades presenciais na unidade foram suspensas até o dia 12 de março. A direção da escola afirma, entretanto, que, durante esse período, as aulas ocorrerão remotamente.
"Nós temos escolas que a [Secretaria Municipal da] Saúde fechou porque tinha mais de dois casos [de Covid-19]. A gente acompanha as determinações da Covisa [Coordenadoria de Vigilância em Saúde], então, tendo dois casos a escola é fechada", explicou a secretária adjunta.
Minéa afirmoou que foi criado um comitê de acompanhamento, formado por integrantes das secretarias municipais da Saúde e da Educação para acompanhar a situação da Covid-19 nas escolas da rede.
Entre essas 12 escolas, a secretária adjunta disse que algumas já estão perto de reabrir, enquanto outras foram fechadas na semana passada. Em caso de haver necessidade pelo fechamento, as atividades presenciais ficam suspensas por 14 dias.
Ao todo, a rede municipal de São Paulo tem cerca de 4.000 unidades, do ensino infantil ao fundamental.
O Agora pediu à Secretaria Municipal de Educação que informe a lista completa das escolas fechadas, a data da interdição e quantos casos foram confirmados, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
O titular da pasta, Fernando Padula, cobrou dos alunos e parentes para que cumpram com as medidas de prevenção contra o coronavírus. "Vale ressaltar a importância para que as famílias e as pessoas não se aglomerem. Respeitem o distanciamento, usem máscara. Para que a escola não pague o preço de uma irresponsabilidade. O preço pedagógico, social, psicológico e nutricional que os alunos pagaram não pode continuar."
Padula afirmou que o município irá manter o limite para receber somente 35% dos estudantes em cada escola. "A nossa posição continua rigorosamente a mesma: do ponto de vista educacional, a gente queria 100% dos alunos. Mas nós seguimos sempre a saúde na cidade de São Paulo. Vamos sempre respeitar a orientação de quem entende do assunto: a saúde e a vigilância sanitária. Se, porventura, eles falarem que precisa fechar, nós vamos fechar. Só que achamos que temos que ser os últimos a fechar e os primeiros a reabrir", acrescentou.
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