Descrição de chapéu Coronavírus

Capital paulista supera marca de 1 milhão de infectados pelo coronavírus

Desde o início da pandemia, em março do ano passado, 26.844 pessoas morreram por complicações da Covid-19 na cidade de SP

São Paulo

A cidade de São Paulo superou nesta terça-feira (27) a marca de 1 milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, gestão Bruno Covas, a capital paulista havia registrado 1.000.676 diagnósticos positivos para a Covid-19 até o início da noite.

De acordo com a pasta, 26.844 pessoas morreram por complicações provocadas pela doença até a noite desta terça. Isso quer dizer que 2,68% das pessoas que testaram positivo para a Covid-19 na capital não resistiram e morreram.

Fachada do Hospital Municipal de Brasilândia, na zona norte de São Paulo; unidade é referência no atendimento de casos de Covid-19 - Rivaldo Gomes -24.fev.2021/Folhapress

O primeiro caso de infecção pelo coronavírus na cidade (e no país) foi confirmado no dia 25 de fevereiro do ano passado. Na época, o Ministério da Saúde afirmou que o paciente contaminado havia estado na Itália —então epicentro da doença—dias antes de voltar ao Brasil. As primeiras mortes pela Covid-19 foram confirmadas no início de março de 2020.

O médico epidemiologista André Ribas de Freitas, professor da faculdade São Leopoldo Mandic, explica que, tanto o país quanto a capital paulista vêm apresentando reduções nos números de contaminações e de mortes. Entretanto, avalia que essa queda é "temporária", já que os governos estadual e municipal vêm autorizando a retomada das atividades econômicas nas últimas semanas.

Até o dia 11 de abril, todo o estado estava na chamada fase emergencial do Plano São Paulo de combate à doença. Nessa etapa, somente as atividades comerciais consideradas essenciais tinham autorização para funcionar. No dia 12, o estado voltou para a fase vermelha, que libera as atividades presenciais nas escolas.

No dia 18 de abril, começou a chamada fase de transição, que autorizou a reabertura do comércio. Pouco depois, no dia 24, passou a ser permitido o funcionamento de parques, salões de beleza, barbearias e academias de ginástica, além do atendimento presencial nos restaurantes.

"Com a volta das atividades podemos ter um aumento no número de casos e uma possível nova onda", diz o epidemiologista. Na avaliação dele, esse crescimento pode acontecer em "um futuro não muito distante".

Ribas afirma que, além de acelerar o ritmo de vacinação, é importante que as autoridades de saúde façam o rastreamento de todas as pessoas que tiveram contato com aqueles que foram contaminados pelo vírus. Segundo ele, grande parte das transmissões ocorre antes do início dos sintomas. Por esse motivo, diz, não é suficiente isolar somente o paciente. "A quarentena de contatos é recomendada por todos os órgãos de saúde internacionais", acrescenta.

Resposta

A prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), informa que, desde o início da pandemia, realiza "diversas ações" para combater o vírus. A Secretaria da Saúde afirma que até a última segunda-feira (26), 1.233.322 pacientes com a doença receberam alta na rede municipal.

A pasta diz ter contratado 11 mil profissionais para atuarem em unidades de saúde da cidade. "Houve intensificação das visitas domiciliares pelas equipes de Estratégia Saúde da Família, com o objetivo de trabalho educativo sobre a Covid-19 e identificando em tempo oportuno os sintomáticos respiratórios. Foram coletadas informações junto às famílias cadastradas pelas ESF, garantindo a vacinação casa a casa para idosos e acamados, entre outras necessidades de saúde", acrescenta.

A secretaria afirma que dez hospitais foram entregues desde o ano passado para ajudar a conter a demanda elevada. Outras nove UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) foram inauguradas. "Antes da pandemia, eram 507 leitos de UTI disponíveis e, atualmente, são 1.413 leitos de UTI e 1.411 de enfermaria na cidade de São Paulo. Já no Hospital M’Boi Mirim, uma unidade anexa com 100 leitos foi incorporada à operação do Hospital Municipal M'Boi Mirim e permanece após o fim da pandemia da Covid-19, assim, como os hospitais", informa a pasta, por meio de nota.

"Também para garantir oxigênio nas Unidades da rede municipal, o órgão investiu R$ 9,5 milhões na aquisição e implantação de 19 mini-usinas de oxigênio. Juntas, as 19 usinas terão capacidade para produzir 9 mil metros cúbicos de oxigênio por dia", destaca a secretaria.

Ainda segundo a secretaria, foram realizados 2.640.611 testes para detecção do coronavírus no município. "A Prefeitura também iniciou Inquérito Sorológico, com 136.011 pessoas testadas na primeira fase, 332.834 na segunda e 245.297 na terceira."

"As ações de vigilância e assistência foram estruturadas, com capacitação dos profissionais de Saúde inseridos nas redes de atenção à Saúde, com enfoque na Atenção Básica, para o reconhecimento precoce de casos, bem como a orientação em relação ao seu manejo clínico. Foram amplamente divulgadas as estratégias de prevenção ao vírus, além de estruturadas para notificação dos casos, no tempo apropriado", finaliza a secretaria.

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