O governo João Doria (PSDB) confirmou, para 11 de maio, o início da vacinação contra a Covid-19 de quase 9.500 profissionais que trabalham no metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A confirmação foi feita nesta segunda-feira (19).
Os sindicatos dos metroviários e ferroviários anunciaram paralisações, respectivamente, para esta terça-feira (20) e próximo dia 27, provocadas pela demora no agendamento da imunização dos profissionais do transporte público. Os sindicalistas não haviam confirmado se irão manter as greves após o anúncio do governo, até a conclusão desta reportagem.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirmou que todos os operadores de trens, independentemente da idade, serão imunizados. Já funcionários da manutenção, segurança, limpeza e bilheteria, serão vacinados caso tenham a partir de 47 anos de idade, também no dia 11 de maio.
Os trabalhadores de ambas as empresas, acrescentou a secretaria, estão em contato diário com mais de 4 milhões de passageiros.
Além da imunização, os funcionários da CPTM também reivindicam reajuste salarial e participação nos lucros -- motivos pelos quais também podem cruzar os braços no dia 27, segundo o Stefsp (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo).
Além do metrô e da CPTM, motoristas e cobradores de ônibus reivindicam a vacinação, alegando serem trabalhadores da linha de frente, atuando diariamente desde o início da pandemia, em março do ano passado.
Com greve já confirmada pelo Sindmotoristas, que representa motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo, o órgão representativo realiza uma reunião, na tarde desta segunda-feira (19), para definir quais serão as ações durante a paralisação desta terça-feira.
O Sincoverg (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Guarulhos) disse que os ônibus devem deixar de circular na cidade da Grande São Paulo, a segundo maior do estado, a partir da 0h desta terça.
“A vacinação é uma necessidade urgente, não só para trabalhadores e trabalhadoras do transporte urbano e metropolitano, como também para garantir a vida dos passageiros e passageiras. Assim como sofremos com infecções e mortes [decorrentes da Covid-19], podemos contaminar muita gente”, afirmou ao Agora Orlando Maurício Júnior, presidente do Sincoverg.
Segundo os sindicatos de cada categoria, foram registradas 22 mortes e 1.500 contaminações de funcionários do metrô, quase 50 mortes na CPTM, e 167 mortes, além de 2.084 infecções, entre motoristas e cobradores de ônibus na capital.
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