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Salões de beleza de SP voltam a abrir e apostam em protocolos para conquistar clientes

Setor retorna na segunda etapa da fase de transição do Plano SP, que também permite reabertura de academias e restaurantes

São Paulo

Depois de 49 dias fechados devido às fases mais restritivas da quarentena, salões de beleza e barbearias voltam a ter o funcionamento liberado em São Paulo a partir deste sábado (24). O setor retorna junto de outros estabelecimentos de serviços, como academias e restaurantes, na segunda etapa da fase de transição do Plano São Paulo.

A expectativa do setor para o retorno é grande, segundo a ABSB (Associação Brasileira de Salões de Beleza), e a aposta dos estabelecimentos é no reforço dos protocolos de saúde para evitar um novo fechamento e, com isso, mais prejuízos.

"Ficamos muito frustrados por não ter iniciado as atividades nesse primeiro momento [da fase de transição], mas estamos preparados, com o protocolo bem elaborado para atender os clientes e dar segurança para toda a equipe", afirma José Augusto Nascimento Santos, presidenta da ABSB.

Segundo dados da entidade, em todo o Brasil, 30% dos estabelecimentos de beleza encerraram as atividades no último ano devido à pandemia. O retorno nesse momento, diz Santos, é importante para evitar que esse percentual aumente.

As regras da fase de transição do Plano São Paulo estabelecem que os salões de beleza podem voltar a funcionar com, no máximo, 25% da ocupação. Entre os protocolos que devem ser seguidos estão o distanciamento entre os ocupantes do ambiente, uso de máscara e reforço da limpeza.

Salões de beleza voltam a funcionar neste sábado (24), e proprietários, como Jefferson Massari, do Square & Company Hair, apostam em protocolos rígidos para conquistar clientes - Rubens Cavallari/Folhapress

Rosângela Barchetta, sócia do salão Studio W, afirma que a melhora do movimento vai depender da confiança dos clientes nos estabelecimentos. "Mas aqueles que já viram como os salões funcionam, como são os protocolos do setor, vão se sentir seguros porque sabem o tanto que somos rigorosos."

Ela cita como exemplo da eficiência das regras a quantidade de infectados entre os funcionários das seis unidades da marca. De acordo com ela, desde que o funcionamento dos salões foi autorizado pela primeira vez, em julho do ano passado, somente 10 dos 700 funcionários contraíram a Covid-19, nenhum deles simultaneamente. "Isso mostra que não houve contaminação no trabalho."

Segundo Rosângela, até agora não foi necessário demitir funcionários devido à pandemia, mas isso só foi possível porque os proprietários têm bancado os déficits do próprio bolso. Por isso, um novo fechamento seria "catastrófico".

Essa não é a mesma situação de Jefferson Massari, proprietário do Square & Company Hair. No salão, ele precisou demitir cinco pessoas, além de fechar uma esmalteria que tinha 13 profissionais. O impacto da pandemia foi grande, e a expectativa é de que o retorno seja lento, ele afirma.

"O salão tem que se apresentar como um local seguro para que o cliente saiba que é seguro. Só assim a confiança das pessoas vai aumentando e aumentam também as visitas."

Ainda assim, ele diz, o movimento só deve alcançar um patamar comparável ao do período anterior à pandemia quando a maioria das pessoas estiver vacinada. Em dezembro de 2020, por exemplo, depois de cinco meses reaberto, ele afirma que só conseguiu alcançar 50% do faturamento de outros anos.

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