A polícia encontrou um corpo que pode ser do policial militar Leandro Martins Patrocínio, 30 anos, desaparecido desde o sábado passado (29), após ser visto saindo da estação Sacomã, da linha 2-verde do metrô, e indo para Heliópolis, na zona sul da capital paulista, segundo câmeras de monitoramento.
Desde a quarta-feira (2), uma escavadeira é usada para remover a terra de um terreno, perto da favela de Heliópolis (zona sul), onde uma denúncia anônima indicou que estaria enterrado o corpo de um homem.
Na noite de sexta-feira (4), segundo a polícia, cães farejadores identificaram um ponto em que poderia ter algum corpo. Neste sábado, o local foi escavado com o trator. Quando uma perna foi localizada, os trabalhos foram feitos manualmente, até o encontro de todo o corpo.
Segundo o major Alex Negredo, coordenador operacional do 46º Batalhão da PM, as características físicas do cadáver são compatíveis com as do soldado desaparecido, da mesma forma que as roupas também encontradas com o corpo em Heliópolis.
"O corpo estava em posição de decúbito ventral [bruços]. Houve êxito na localização graças ao trabalho dos cães do Corpo de Bombeiros", ressaltou o oficial. Ele ainda disse que somente exames periciais poderão confirmar a identidade do corpo.
As investigações continuam para prender dois suspeitos, já identificados pela polícia, e que tiveram as prisões preventivas solicitadas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Um terceiro homem prestou depoimento no departamento de homicídios, nesta sexta-feira (4), mas foi liberado após o interrogatório. A polícia descarta por enquanto qualquer tipo de envolvimento dele.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias em que o soldado desapareceu. Patrocínio é soldado do 1º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária de São Bernardo do Campo (ABC). Ele foi visto pela última vez ao sair da estação Sacomã e, depois, perto da comunidade de Heliópolis.
Em ambos as ocasiões, o policial teve os movimentos registrados por câmeras de monitoramento. Nas imagens, ele aparece com roupas idênticas às encontradas com o corpo no terreno de Heliópolis, neste sábado.
Segundo a PM, o soldado, que estava de folga quando foi visto na saída do metrô, deveria ter se apresentado ao trabalho às 4h45 do domingo (30), o que não ocorreu, segundo nota da corporação.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, "que não pode confirmar mandados de prisões" alegando que os setores "não passam informações para não atrapalharem as investigações". Por causa disso, não foi possível confirmar a expedição das duas prisões, solicitadas pela polícia, até a publicação desta reportagem.
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