Medo. Busca. Investigação.
Serial killer se esconde da polícia.
O coronel Alencar acompanhava o caso.
—Agora vai.
Helicópteros. Drones. Radares.
—Vamos ter ajuda da Aeronáutica?
—E do Ministério da Ciência e Tecnologia também.
—Esse bandido… se meteu no mato, não é?
Os fatos apontam para a zona rural.
—Precisamos do Ministério do Meio Ambiente.
O assessor era o tenente Martins.
—Por quê, coronel?
—Taca fogo no cerrado. E esse bandido aparece.
—Sabe, coronel… o ministro pediu demissão.
—Vamos esperar então. Para retomar as atividades.
Veio a notícia.
—Uma caverna. Parece que tem alguém escondido.
Alencar pegou o quepe e o chicotinho.
—Vou lá pessoalmente.
Cães. Lanternas. Megafones.
—Renda-se, canalha.
Um homem bem-vestido apareceu com a bandeira verde e amarela.
—Ué… não é o Lázaro?
Tratava-se de um conhecido empresário bolsonarista.
Fugindo de prestar depoimento na CPI.
—Não, não é isso… estou só de quarentena… para evitar a Covid.
O coronel sorriu.
Olha só… até nas cavernas temos orgulho da bandeira do Brasil.
Procura-se um serial killer.
Mas, por vezes, o buraco é mais em baixo.
Voltaire de Souza
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