Nervosismo. Conflito. Baixaria.
Aconteceu em Nova York.
Manifestantes protestam contra Bolsonaro.
O ministro da Saúde reage.
Mostrando o dedo do meio.
O general Perácio acompanhava os acontecimentos.
—Haha. Essa foi boa.
Na reunião, as opiniões se dividiam.
—General…
—O que foi?
—Não sei, mas essa atitude… pode pegar mal.
Perácio fez cara feia.
—É o jeito dele, oras.
—Estive falando com uns banqueiros internacionais.
—E daí?
—Eles disseram que assim não dá.
—Sei. E o que é que eles querem?
—Acham que o nosso governo… lá na ONU…
—A ONU é uma porcaria.
—Precisamos de um gesto de reconciliação.
Veio o telefonema da chefia.
—Hã? Sim. Melhorar nossa imagem? Sim. Perfeitamente.
Perácio voltou a sorrir.
—É, Fabinho. Você tem razão.
O assessor Guarany deu a ideia salvadora.
—Esse dedo do meio, general…
—O que é que tem?
—Diz que é campanha. Contra o câncer na próstata.
Perácio logo chamou a imprensa.
—Saúde acima de tudo, pô.
Ele respira fundo.
—Parem de distorcer as nossas mensagens.
Os erros de um governo, por vezes, são como exame no reto.
O que falta é um pouco de jeitinho.