A Prefeitura de São Paulo deu início, na manhã desta segunda-feira (4), à aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 em profissionais da saúde. O reforço na imunização está disponível para aquelas pessoas que trabalham em hospitais, clínicas e unidades de saúde, estimadas em 224 mil pessoas, e que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses.
Mas esse reforço, que também está disponível qualquer pessoa com idade a partir de 60 anos, só pode ser aplicado para quem tomou a segunda dose a ao menos seis meses.
Os primeiros profissionais da rede municipal a serem imunizados foram os que trabalham no Hospital Municipal Bela Vista, no bairro do mesmo nome na região central da capital paulista. O ato contou com a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
A fisioterapeuta Graziela Ultramari Domingos, 43 anos, foi a primeira funcionária do local a ser vacinada. "Se tem uma palavra que define o dia de hoje, é esperança", afirmou. "Esperança que isso possa acabar logo", disse Graziela ao Agora.
Durante entrevista coletiva, o prefeito se mostrou tranquilo com a quantidade de vacinas em estoque, segundo ele, a cidade tem 640 mil unidades da Pfizer, imunizante utilizado para a terceira dose. Além dos profissionais da saúde, SP tem usado a vacina desta marca como reforço entre os idosos e na imunização de adolescentes, além do intercâmbio quando da ausência da AstraZeneca.
Nunes disse que o público entre 12 e 17 anos tem respondido aos apelos para se vacinar, uma vez que já se chegou ao patamar de 97,5% de vacinados.
Outro dado repassado pelo prefeito é de que quase 82% da população paulistana já está vacinada com a segunda dose. No entanto, 559.676 pessoas estão com a vacinação atrasada, de acordo com o secretário Edson Aparecido. Ele espera que a situação seja resolvida em breve. "A tendência é a gente agora ir reduzindo esse processo de vacinação de atrasados".
Moradores de rua
Nunes relatou que 212 moradores de rua foram vacinados no último sábado (2), durante ações de busca ativa por aqueles que ainda não haviam se vacinado. A gestão municipal usa a vacina Janssen, aplicada em dose única, nos sem-teto.
O prefeito também anunciou que, a partir de 1° de novembro, as mulheres que vivem nas ruas da capital passarão a receber absorventes. Os produtos, que estão em fase de aquisição, devem ser oferecidos, inicialmente, para 3.226 mulheres cadastradas nos serviços de atendimento e acolhimento da rede municipal. Entretanto, o prefeito afirmou que o serviço atenderá todas mulheres que vivem pelas ruas da capital paulista.
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