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Cidades do ABC decidem manter obrigatoriedade do uso de máscaras até 31 de dezembro

Medida pode ser reavaliada em assembleia extraordinária, caso o governo de SP libere antes

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São Paulo

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, do ABC paulista, definiu, por unanimidade, nesta segunda-feira (8), manter a obrigatoriedade do uso de máscaras, inclusive em locais abertos, até ao menos o dia 31 de dezembro deste ano.

A princípio, a decisão voltará a ser avaliada na primeira reunião das sete cidades em 2022, no mês de janeiro.

Passageiros com máscara no rosto no terminal rodoviário de Santo André: ABC vai manter obrigatoriedade do uso do item de proteção ao menos até 31 de dezembro. - Rivaldo Gomes - 29.mar.21/Folhapress

"Pesou nessa decisão a preocupação de todas as cidades de manter os níveis da pandemia com essa tendência de queda bastante acentuada", diz Paulo Serra (PSDB), prefeito de Santo André e presidente do consórcio.

"Em dezembro vai haver uma circulação maior de pessoas pelas festas de fim de ano. A somatória desses fatores faz com que a gente seja mais precavido", ressalta Serra.

Essa decisão, porém, poderá ser reavaliada caso o governo do estado, gestão João Doria (PSDB), decida flexibilizar o uso de máscaras em ambientes abertos em todo estado a partir do dia 1º de dezembro.

"Se houver qualquer mudança em relação ao decreto estadual agendamos uma assembleia extraordinária. De qualquer forma, a decisão ainda seria de cada município", destaca Serra.

Em setembro passado, seis de sete cidades do ABC não acompanharam o governo estadual e optaram por manter restrições de horário e público em estabelecimentos comerciais por mais tempo. Por unanimidade, os prefeitos da região do ABC também decidiram não adotar o passaporte da vacina para permitir que apenas pessoas imunizadas contra a Covid-19 possam ter acesso a ambientes fechados.

Na última semana, Doria anunciou o dia 1º de dezembro como a projeção assumida pelo governo estadual para liberação das máscaras. O governador também lembrou que o uso de máscaras é obrigatório por lei até 31 de dezembro deste ano, apesar da perspectiva de liberação.

Para haver a flexibilização estadual, o governo colocou como meta se atingir 75% da população do estado vacinada, menos de 1.100 novos casos registrados por dia e estar abaixo de 300 internações diárias. Além disso, será preciso ter, no máximo, 50 óbitos diários.

Segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde no domingo (7), 3.121 pacientes estavam internados com Covid-19 em todo o estado, sendo 1.436 em unidades de terapia Intensiva e 1.685 em enfermaria.

De acordo com a gestão Doria, 89,4% da população adulta já tomou as duas doses da vacina no estado de São Paulo.

Na capital, nesta quarta (10), a Secretaria Municipal da Saúde deve divulgar os resultados de um novo rastreamento de casos da doença, que pode ser decisivo para flexibilização do uso de máscaras na cidade de São Paulo.

Na semana passada, a rede municipal de saúde tinha o menor número de internados com Covid desde fevereiro passado.

Na última segunda-feira (1º), a capital paulista registrou apenas um óbito por Covid, o que colocou o município em patamares do início da pandemia, em março de 2020. A tendência de baixa nas notificações tem sido comemorada pela secretaria municipal de Saúde.

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