Vale do Anhangabaú, em SP, será reaberto em 6 de dezembro, afirma Nunes

Grades serão retiradas quando concessionária assumir a gestão do local

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São Paulo

Após mais de dois anos em obras, o vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo, vai ser reaberto ao público no próximo dia 6 de dezembro, uma segunda-feira. A afirmação foi feita na manhã desta quarta (17) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), em entrevista à rádio CBN.

A reabertura irá ocorrer no dia 6, segundo ele, porque nesta data a empresa que ganhou a concessão do local irá assumir a gestão do vale do Anhangabaú. "Eles vão fazer dez atividades culturais por dia, toda a limpeza, segurança e a exploração dos quiosques na área", afirmou.

Grades ainda cercam o vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo, que será reaberto ao público no dia 6 de dezembro, segundo o prefeito Ricardo Nunes - Rivaldo Gomes - 5.nov.21/Folhapress

As obras do projeto de revitalização do vale do Anhangabaú começaram em junho de 2019, com finalização prevista, inicialmente, para junho de 2020. Após sete adiamentos, o espaço foi reinaugurado em 25 de julho, um domingo, quando a cidade atingiu a marca de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Depois seguiu fechado com tapumes, mesmo aos fins de semana.

Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), o projeto custou R$ 105, 6 milhões. "Deste total, R$ 93,8 milhões correspondem ao valor do contrato e um aditivo, necessário para adequar o projeto básico da obra, feito pela gestão encerrada em 2016, ao projeto executivo, que detalha todas as etapas da obra. Os outros R$ 11,8 milhões correspondem ao reajuste previsto no contrato, com base na lei das licitações, para os casos de obras com duração superior a 12 meses", afirmou a prefeitura, em nota, na época reinauguração de 25 de julho.

Em julho deste ano, a prefeitura fechou contrato no valor de R$ 49 milhões com a concessionária "Viva o Vale", liderado pela empresa Urbancom. O documento tem duração de dez anos e contempla a gestão, manutenção, preservação e ativação sociocultural de toda a área.

Recentemente, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo constatou irregularidades em um contrato de mais de R$ 1,2 milhão entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras e a SPTuris para manutenção do local após a revitalização.

Segundo o relatório preliminar feito pelos auditores do TCM, o contrato assinado de prestação de serviços de suporte logístico na instalação de gradis, limpeza, estruturação de operação dos quiosques e área da pista de skate já traz irregularidade logo na base por se tratar de uma contratação direta por dispensa de licitação sem explicação do motivo pelo qual a licitação não foi realizada.

Na entrevista desta manhã, Nunes disse que pediu para que os apontamentos do TCM sejam apurados. Na época da divulgação do relatório, a secretaria disse que que o contrato em questão não representou qualquer prejuízo aos cofres públicos e disse que os serviços foram contratados porque "não estavam previstos no contrato de execução das obras de requalificação do espaço".

O Agora esteve no local no dia 5 de novembro e verificou que apenas a área para o uso de skatistas está aberta. Quiosques, banheiros e fraldários continuam fechados.

A reportagem constatou que os quiosques, mesmo fechados, estavam sujos. As fontes também não funcionavam e os canteiros apresentavam vegetação alta. Pessoas que moram ou trabalham na região reclamaram do medo da violência.

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