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Caneladas do Vitão: A evolução do dinizismo tricolor prova o acerto da continuidade

Abusando da base e da renovação do elenco, o São Paulo venceu o segundo tempo da LDU

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São Paulo

Oh, quanta mentira suportei, neste teu cinismo de doçura, pode parar com essa ideia de representação, os bastidores se fecharam pra desilusão... Fernando Diniz, o segundo treinador mais longevo do país, ganhou uma sobrevida no cargo após, de forma heroica, na altitude de Quito e desfalcado do profissional Daniel “Tantã” Alves, o São Paulo calar os críticos e vencer o segundo tempo da LDU por 2 a 1, fora o show.

Por mais que resultadistas retrógrados e ultrapassados ironizem e achem patética a campanha tricolor, o mais importante foi a coragem demonstrada no segundo gol sofrido diante da LDU. Nunca antes na história deste país (e de nenhum outro), um time levou um gol de forma tão pós-moderna e vanguardista quanto o Tricolor de Diniz no tento assinado por Jhojan Julio.

O técnico Fernando Diniz continua pressionado no cargo pelos maus resultados do São Paulo
O técnico Fernando Diniz continua pressionado no cargo pelos maus resultados do São Paulo - Andre Penner - 17.set.20/AFP

Como criticar Tiago Volpi, Igor Gomes, principalmente, e Hernanes por obedecerem a ordem do gênio que os comanda e sair à Diniz cobrando o tiro de meta com palhaçadinha na própria área? Ora, bolas, é muito fácil jogar pedras! Por isso, valente e modernamente, registro aqui meus efusivos aplausos pela coragem demonstrada! Uhu!

E para quem tem fé cega na continuidade, como se insistir nisso fosse dar resultado, vale lembrar que o São Paulo está evoluindo. Não precisa nem analisar mapa de calor nem tratar futebol como física quântica para chegar a essa inconteste afirmação! Há meses, o Tricolor perdeu para o Binacional e apanhou do catadão do WhatsApp que vestiu a camisa do Mirassol. E agora, abusando da base e da renovação do elenco, venceu o segundo tempo da LDU. Uhu!

É óbvio que Diniz não é o único culpado. A diretoria, que ignorou o péssimo trabalho de Diniz no Athletico-PR, no Fluminense e sua ausência de currículo para dirigir o Tricolor, tem culpa. Foi ela que contratou o percussionista Daniel Alves por uma bala, três anos e meio de contrato e concordou com a sugestão de Diniz.

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Nelson Rodrigues: “Existem situações em que até os idiotas perdem a modéstia”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br!

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Wilton Sampaio
Em dois lances sem qualquer intenção, o caseiro soprador de apito Wilton Pereira Sampaio teve comportamento oposto e decidiu o duelo para o Sport contra o Corinthians. No primeiro tempo, a bola bateu no braço de Everaldo: pênalti! No segundo, a bola bateu no braço de Sander: escanteio. Uma vergonha, 1 a 0.

Covidadores da América 
Invicto na competição continental, o Santos tem tudo para vencer o Delfín no Equador e, de forma antecipada, assegurar matematicamente a sua classificação às oitavas de final da Libertadores. Palpites: Delfín 0 x 1 Santos, Independiente Medellín 0 x 1 Boca Juniors e Jorge Wilstermann 1 x 1 Peñarol.

Flamengo 
O clube que sofre com surto de Covid é o mesmo que liderou o lobby pela volta do futebol, que jogou em campo anexo a hospital de campanha que empilhava cadáveres e que defende a volta do público ao futebol. Tão absurdo quanto rolar Palmeiras x Flamengo é o Flamengo alegar saúde para fazer o pedido! Peroba neles!

Vitor Guedes
Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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