São Paulo é derrotado pelo Racing e perde invencibilidade de 14 jogos

Queda deixa time com poucas chances de terminar como líder no Grupo E da Libertadores

São Paulo

Após 14 jogos de invencibilidade, com dez vitórias e quatro empates, o São Paulo perdeu, por 1 a 0, para o Racing, nesta terça-feira (18), no Morumbi, e caiu para a segunda colocação do Grupo E da Copa Libertadores.

Foi a segunda derrota na gestão de Hernán Crespo, a primeira em casa. Além disso, o clube perde pela primeira vez para um time argentino como mandante na história do torneio.

Com o resultado, o Racing, 11 pontos, está classificado. Na segunda colocação, com oito pontos, o Tricolor está quase lá, mas tudo indica que irá ficar nesta posição, o que o deixa em situação de decidir fora de casa, no mata-mata, a vaga para as quartas de final.

Para ao menos comemorar a classificação nesta penúltima rodada, o Tricolor torce para que o Rentistas, do Uruguai, que tem três pontos, não vença o Sporting Cristal, que soma um ponto um ponto, nesta quarta-feira (19), em Lima, no Peru.

O são-paulino Igor Gomes arranca ao ataque com a bola e é seguro pelo ombro direito pelo jogador argentino Mauricio Martínez
O meia são-paulino Igor Gomes parte em arrancada para o ataque e é seguro por Mauricio Martínez, do Racing; Tricolor cai no Morumbi pela primeira vez contra um adversário argentino na história da Libertadores - Fernando Bizerra/AFP

Assim como o Palmeiras, adversário da decisão no Campeonato Paulista, que começa nesta quinta-feira (20), os reservas do São Paulo tiveram muita dificuldade no confronto contra a equipe argentina, que também preferiu apostar nos jogadores com menos rodagem na temporada.

No resultado, o desempenho dos finalistas terminou igual. O Alviverde perdeu por 4 a 3. Porém, os palmeirenses estão classificados em primeiro lugar no Grupo A.

Sem os principais jogadores de criatividade, o São Paulo não mostrou a intensidade, toque de bola paciente e as penetrações pelos dois lados do campo.

Mesmo assim, os são-paulinos começaram em cima do adversário e quase chegaram ao gol com Igor Gomes, que desviou levemente um cruzamento e viu o goleiro Arias evitar o tento ao salvar com o pé.

Aos poucos, o Racing cresceu na partida e, mesmo com menor posse de bola, foi mais perigoso nas chances na ida ao ataque.

Em uma delas, aos 28min, o zagueiro Novillo foi à área, aproveitou bola alçada de Lovera e, sem marcação, nem precisou saltar para conseguir cabecear e abrir o placar. Esse foi apenas o segundo gol sofrido pelo Tricolor na Libertadores.

Na segunda etapa, o São Paulo jogou muito mais na força do que na técnica e ficou em cima do conjunto argentino, mas faltou aos atletas criatividade e prestar atenção à linha de impedimento do adversário.

A situação deu uma melhorada quando Hernán Crespo mandou a campo o veterano Daniel Alves e o atacante Luciano.

Se ganhou em qualidade com a bola nos pés, os donos da casa enfrentaram dois obstáculos. Primeiro, o técnico Racing, Juan Antonio Pizzi, também colocou em campo quatro jogadores considerados titulares e começou a marcar melhor.

Assim, a retranca ficou mais bem coordenada e o São Paulo encontrou mais dificuldades para penetrar na área adversária. No lance de maior emoção, o grito de gol de Daniel Alves virou desespero quando foi anulado por impedimento.

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