Veja calendário de pagamento de novo lote do auxílio emergencial para 4,9 milhões de pessoas

Caixa divulga datas do saque em dinheiro para trabalhadores que se inscreveram entre 1º e 26 de maio

São Paulo

A Caixa Econômica Federal vai pagar a primeira parcela do auxílio emergencial para mais 4,9 milhões de trabalhadores. O lote com os dados dos beneficiários foi liberado pelo Ministério da Cidadania nesta sexta-feira (12).

Os profissionais beneficiados se inscreveram para ter o auxílio de R$ 600 no aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial ou no site auxilio.caixa.gov.br entre os dias 1º e 26 de maio, informou a Cidadania. Para saber se terá o dinheiro, basta conferir no aplicativo ou no site.

A liberação dos valores para pagar contas e fazer compras pelo Caixa Tem será feita na terça-feira, 16 de junho, e na quarta-feira (17), por meio da poupança digital da Caixa, segundo informações do Ministério da Cidadania e da Caixa. A grana é liberada conforme o mês de aniversário do trabalhador.

Datas em que é possível fazer compras e pagar contas:

Dia da liberação Mês do aniversário
Terça-feira (16) Para nascidos de janeiro a junho
Quarta-feira (17) Para nascidos de julho a dezembro

Já a retirada dos valores em dinheiro só será permitida a partir do início de julho, de acordo com informações da Caixa. A medida tem "o objetivo de aprimorar o pagamento e evitar concentrações nos meios digitas e aglomerações nos pontos de atendimento", afirma nota do banco.

Os trabalhadores que têm direito aos valores poderão fazer o saque, conforme o mês de aniversário, após gerar senha no Caixa Tem. A grana é retirada nos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal e também pode ser sacada nas lotéricas.

Confira o calendário de saque da grana em dinheiro:

Dia da liberação da grana Mês do aniversário
6 de julho (segunda) Janeiro
7 de julho (terça) Fevereiro
8 de julho (quarta) Março
9 de julho (quinta) Abril
10 de julho (sexta) Maio
11 de julho (sábado) Junho
13 de julho (segunda) Julho
14 de julho (terça) Agosto
15 de julho (quarta) Setembro
16 de julho (quinta) Outubro
17 de julho (sexta) Novembro
18 de julho (sábado) Dezembro

O trabalhador que optou por receber os valores em conta de outros bancos também só terá acesso à grana para transferência a partir do calendário de saque indicado acima. Quem tem poupança digital e pagou contas no Caixa Tem também poderá fazer o saque do valor restante. As datas são as mesmas.

Além de gerar um cartão de débito virtual pelo aplicativo Caixa Tem, o beneficiário pode fazer pagamentos por meio do QR code, na opção “Pague na maquininha". As medidas têm como objetivo evitar aglomerações nas agências da Caixa.

Gabriel Cabral/Folhapress

Ao todo, foram analisados 8,9 milhões de CPFs de inscritos entre 1º e 26 de maio, mas apenas 4,9 milhões foram elegíveis pela Dataprev (empresa de tecnologia do governo federal) como aptos para receber o auxílio. Para ter a grana, o trabalhador precisa se encaixar em regras do governo, que incluem critérios de idade e renda, por exemplo.

Os 4 milhões de cidadãos que ficaram de fora têm dois caminhos: contestar a resposta no aplicativo ou no site, ou se se inscrever novamente para ter o benefício. No caso de quem escolher fazer a contestação, é preciso ter muito cuidado, pois só é possível contestar uma única vez.

Se o usuário errou algum dado na hora de enviar o pedido, é possível fazer nova solicitação. Neste caso, é o mais indicado. Veja aqui dicas para conseguir ter o auxílio.

O total a ser pago neste lote, que é o terceiro referente à primeira parcela, é de R$ 3,1 bilhões, segundo a Cidadania.

Segunda parcela

Quem receber a grana da primeira parcela neste terceiro lote, cujo pagamento vai se encerrar em 18 de julho, terá direito ao saque da segunda parcela em novo calendário a ser definido pelo Ministério da Cidadania e divulgado pela Caixa.

A regra vale para todos os trabalhadores que se inscreveram apos 30 de abril para ter o benefício. "Para o público que começou a receber a primeira parcela depois do dia 30 de abril, as datas de liberação da segunda parcela do benefício serão divulgadas posteriormente pelo Ministério da Cidadania", diz nota.

O auxílio emergencial é um benefício pago a trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS, inscritos no CadÚnico, beneficiários do Bolsa Família e MEIs (microempreendedores individuais) que ficaram sem renda durante a pandemia de coronavírus.

São pagas até três parcelas de R$ 600, mas o valor pode chegar a R$ 1.200, no caso de mães que são chefes de família. É possível se inscrever até 3 de julho para ter a grana. Desde o início desta semana, as inscrições também são feitas nos Correios.

No entanto, o governo anunciou que pagará mais duas parcelas, em valor menor, mas não foi definida nova data nem de quanto será o benefício.

Ao todo, o governo já liberou o auxílio emergencial para cerca de 63,5 milhões de cidadãos entre informais, famílias do CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família. O número de inscrições para ter o benefício ultrapassou 100 milhões.

Para quem é do Bolsa Família, a terceira parcela começa a ser liberada na quarta-feira, 17 de junho.

Confira quem tem direito de receber

De acordo com a lei, pode receber o auxílio quem cumprir as seguintes condições, acumuladamente:

  • É maior de 18 anos (exceto mães)
  • Não tem emprego formal
  • Não receba benefício assistencial ou do INSS, não ganhe seguro-desemprego ou faça parte de qualquer outro programa de transferência de renda do governo, com exceção do Bolsa Família
  • Tenha renda familiar, por pessoa, de até meio salário mínimo, o que dá R$ 522,50 hoje, ou renda mensal familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135)
  • No ano de 2018, recebeu renda tributável menor do que R$ 28.559,70

O futuro beneficiário deverá ainda cumprir pelo menos uma dessas condições:

  • Exercer atividade como MEI (microempreendedor individual)
  • Ser contribuinte individual ou facultativo da Previdência, no plano simplificado ou no de 5%
  • Trabalhar como informal empregado, desempregado, autônomo ou intermitente, inscrito no CadÚnico até 20 de março deste ano ou que faça autodeclaração e entregue ao governo
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