Uma policial civil, identidade não informada, teve arma e celular roubados, nesta terça-feira (23), dentro da estação Luz (região central), saída da linha 4-amarela. Até a conclusão desta reportagem, o suspeito não havia sido identificado ou preso.
A policial, vítima do assalto, trabalha no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que assumiu a investigação do caso desde o início.
A reportagem apurou que o local onde ocorreu o roubo costuma ficar com pouco movimento à noite.
O Agora publicou, em setembro do ano passado que, em cinco anos, ladrões roubaram ou furtaram 875 armas de policiais civis e militares do estado de São Paulo. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB).
A SSP afirma em nota que a polícia analisa as imagens para identificar o assaltante. "A Corregedoria da Polícia Civil instaurou uma apuração preliminar para investigar se houve negligência por parte da agente na guarda da arma", afirma trecho de nota.
A ViaQuatro, responsável pela estação, disse por telefone que o caso é investigado pelo DHPP. Ressaltou ainda que o assalto é uma ocorrência considerada "incomum e pontual", disse. "Elaboramos uma estratégia preventiva para evitar novos casos [do tipo]", afirmou.
A concessionária acrescentou que agentes "fazem rondas constantes" pela estação.
Crítica
O coronel da reserva da Polícia Militar e especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho, afirmou que a função do DHPP é a de "investigar homicídios", e não roubos.
"Crimes 'cotidianos' devem ser apurados pelas delegacias de área [no caso da Delpon, a Delegacia do Metropoliano, responsável pelo metrô]". Ele classifica como "errado" o fato do DHPP "desviar recursos" de investigações de assassinatos.
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