A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), vai pagar para uma OSS (Organização Social de Saúde) alugar um imóvel na UBS Emburá, em Parelheiros, extremo da zona sul, para implantar uma base do Samu. 

Em março deste ano, foi anunciada uma reorganização do Samu, cujo mudança mais visível seria o fechamento de 32 contêineres espalhados pela cidade para abrigar os socorristas.

As equipes passariam a ocupar salas em outros equipamentos de saúde, como postos, AMAs e hospitais. A prefeitura alegou na época que a reorganização constituiria em um aumento no número de bases do serviço de emergência e otimização dos recursos.

Na época, funcionários afirmaram que o desmonte da estrutura iria se refletir no aumento do tempo-resposta às emergências e anunciaram uma paralisação parcial em protesto.

No entanto, a Coordenadoria Regional de Saúde Sul publicou na edição da última terça-feira (23) do Diário Oficial da Cidade um aditivo ao contrato de gestão com a OSS, de R$ 3 mil mensais para "inclusão de recurso de custeio para locação de imóvel" na UBS Emburá, para implantação da base. A unidade é administrada pela ASF (Associação Saúde da Família).

Por conta da publicação, a vereadora Juliana Cardoso (PT) protocolou na quinta-feira (25) requerimento para que a Sandra Maria Sabino Fonseca, coordenadora de saúde da região sul, seja convidada pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, da Câmara de Vereadores, para que dê esclarecimentos.

Resposta

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde, da gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que o objetivo da reestruturação do Samu é a melhoria do serviço prestado à população por meio da descentralização e aumento do número de bases e da integração destes pontos de apoio à rede de saúde. "A pasta nunca afirmou que o objetivo do plano era cortar custos", diz.

Sobre a base, a pasta afirma funcionará no terreno anexo à UBS Jardim Emburá, distrito de Marsilac, em Parelheiros. "Foi especialmente construída para abrigar a equipe do Samu, conforme reivindicações expressas da comissão paritária, composta por trabalhadores e membros da coordenação do Samu, que visitou todas as bases", afirma. " A medida atende o que foi previsto e amplamente divulgado na época da reestruturação, ou seja, realizar a descentralização e a integração das equipes do serviço aos equipamentos da rede de assistência, com o objetivo de melhorar a eficiência gerencial e administrativa."

"Na base do Jardim Emburá, por exemplo, com a integração física dos dois serviços, a gerência da Unidade Básica de Saúde fará o gerenciamento/supervisão de toda a parte administrativa. Ainda que não seja o objetivo da reestruturação (corte de custos), o aluguel da Base modular era de R$ 13.313,82. Já no novo imóvel, o valor mensal será de R$ 3 mil", afirma a secretaria.