O policial militar que aparece agredindo jovens com uma barra em Paraisópolis foi afastado do policiamento de rua nesta terça-feira (3), segundo o setor de comunicação social da corporação. Um Inquérito Policial Militar, de abuso de autoridade, foi instaurado para investigar a conduta do agente. A defesa do PM não havia sido encontrada até a publicação desta reportagem.
A PM, no entanto, afirma que as imagens são de 19 de outubro e não da madrugada do último domingo (1), quando nove jovens acabaram mortos, por suspeita de terem sido pisoteados, quando a PM tentou dispersar um baile funk com 5.000 pessoas em Paraisópolis –a Polícia Militar confirma, entretanto, que os registros são realmente da favela da zona sul paulistana.
Uma adolescente que participou do baile funk de domingo e que viu as gravações feitas por celular, porém, rebateu a PM e afirmou ao Agora que as imagens são do pancadão do fim de semana passado.
O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, disse que o policial que agride os jovens, segundo as imagens, já foi identificado e afastado do policiamento. “Verificamos que as imagens foram gravadas em Paraisópolis, no dia 19/10, não guardando, portanto, nenhuma relação com o ocorrido no último fim de semana”, afirmou o porta-voz da corporação.
Seis policiais militares estão afastados dos serviços operacionais enquanto a morte dos nove jovens é investigada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM. O caso foi encaminhado do 89º DP (Portal do Morumbi) para o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), também nesta terça-feira (3).
A PM confirmou o afastamento dos seis policiais nesta segunda-feira (2), porém, usando o termo “preservados” aos policiais que ficarão fora das ruas. “Os PMs não serão afastados, mas sim preservados [dentro do batalhão] neste momento. Não há, até agora, nenhuma evidência de erro por parte dos policiais”, afirmou na ocasião o tenente-coronel Emerson Massera.
O escritório Capano, Passafaro Advogados Associados assumiu a defesa dos seis policiais afastados. Por telefone, a empresa afirmou que o advogado Fernando Capano aguarda ter acesso integral ao inquérito policial, além de conversar com os PMs, para posteriormente se manifestar sobre a defesa.
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