A cidade de Mauá, no ABC (Grande São Paulo), atingiu 100% da taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 no Hospital Radamés Nardini na quarta-feira (20). Com isso, o município não tem mais vagas para receber doentes graves da doença.

A situação é ainda mais preocupante porque o hospital é uma unidade de referência na região e atende pacientes das cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Moradores do Parque São Rafael, na zona leste de São Paulo, também procuram a unidade hospitalar devido à proximidade com a capital paulista.

A prefeitura anunciou que irá instalar dez novos leitos no quarto andar do hospital e a previsão é de que estejam disponíveis na próxima semana. O prefeito Marcelo Oliveira (PT) também discutiu a possibilidade de construir um hospital de campanha na cidade para desafogar a rede pública.

Na tarde desta quinta-feira (21), Oliveira se reuniu com o governador João Doria (PSDB) para tentar buscar uma solução para o problema. À tarde, o petista anunciou em suas redes sociais que conseguiu verba do governo estadual para ampliar em 50% o número de leitos no Nardini para pacientes em quadros graves da Covid-19.

Enquanto os leitos não estão disponíveis, Mauá conta com acordo firmado com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC para que outros municípios da região possam receber pacientes com Covid-19.A média de ocupação regional de leitos é de 69,8%, segundo informações do consórcio.

O prefeito de Mauá também não descarta a ampliação de medidas mais restritivas na cidade a partir desta sexta-feira (22), mesmo que não ocorra a reclassificação de fases da região do ABC no Plano São Paulo. Atualmente, o município está na fase amarela.