A pandemia de Covid-19 deverá fazer com que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) adie pela sétima vez a retomada do atendimento presencial ao público. As agências da Previdência foram fechadas em março, como medida de prevenção contra a contaminação pelo novo coronavírus. A última previsão era de que a reabertura ocorresse no próximo dia 24.
Na semana passada, foi realizada uma reunião virtual entre o presidente do INSS, Leandro Rolim, e representantes da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social). Segundo dirigentes da entidade, Rolim informou que os postos de atendimento não serão reabertos no dia 24.
"O presidente do INSS anunciou que iria adiar novamente a reabertura das agências, mas que ainda não tinha data definida", diz Cristiano dos Santos Machado, diretor da Fenasps. Segundo o sindicalista, Rolim sinalizou duas possíveis datas para a retomada do atendimento presencial: dia 31 de agosto ou 8 de setembro.
De acordo com Machado, o presidente do INSS assegurou que uma portaria seria publicada ainda nesta semana para oficializar a nova data de abertura, mas não informou o dia exato.
Procurado, o INSS confirma a realização da reunião com os sindicalistas, mas nega o adiamento. O instituto limitou-se a dizer que "não há informações, por ora, sobre nova data de reabertura".
Segundo o sindicalista, a federação é contrária à retomada das atividades presenciais neste momento. "Neste momento, defendemos a manutenção do trabalho remoto de forma presencial, para proteger servidores e cidadãos", comenta Machado. Segundo ele, somente 37% dos funcionários do INSS não estão nos grupos de risco da Covid-19.
Com as agências fechadas, as perícias estão suspensas. Para os auxílios-doença, o INSS está adiantando o pagamento, de R$ 1.045, desde que seja enviado um lado médico que comprove a enfermidade. O BPC está sendo antecipado no valor de R$ 600.
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