Hospital de Campanha do Anhembi, em São Paulo, será fechado no dia 10

Local, na zona norte da capital paulista, já não recebe pacientes e atualmente está com 38 pessoas internadas com o novo coronavírus

São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira o fechamento total do Hospital Municipal de Campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo, o que deve ocorrer em 10 de setembro.

Segundo o prefeito, atualmente o hospital tem 38 pessoas internadas por causa da Covid-19, e desde quinta-feira (3) não recebe novos pacientes.

Rotina de do Hospital de Campanha do Anhembi, dedicado à de baixa e média complexidade - Bruno Santos - 5.jun.20/Folhapress

Covas lembrou que o hospital do Anhembi foi aberto no dia 11 de abril com 870 leitos com custo mensal de R$ 28 milhões. Com a redução das infecções pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo, a capacidade total reduziu para 310 leitos em 1º de agosto e depois para 150 leitos, em 1º de setembro.

Ao todo, segundo o prefeito, 6.350 pessoas passaram pelo hospital do Anhembi e foram realizados mais de 80 mil exames.

“Hoje, com os números que a cidade tem [de contaminação pelo novo coronavírus] e com a própria taxa de ocupação do hospital de campanha do Anhembi, a cidade tem a tranquilidade de poder desativar sem ter a necessidade de voltar a utilizar aqueles leitos”, disse.

O hospital de Anhembi teve histórico de polêmicas. Em junho, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), após uma vistoria, afirmou que o local apresentava situações que colocam em risco a saúde dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Entre as falhas estavam desde a falta de equipamentos, desrespeito a protocolos de atendimento e problemas de higienização e desinfecção. O gerente médico da ala do hospital de campanha do Anhembi gerenciada pela organização social Iabas, Emerson Santos da Silva, negou irregularidades e se disse surpreso com as denúncias.

​Os deputados Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), Coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avante) forçaram a entrada no local, no dia 4 de junho, para supostamente realizar uma vistoria. E disseram ter encontrado leitos vazios.

A gestão municipal ergueu dois hospitais de campanha. O outro funcionou no estádio do Pacaembu (zona oeste), que foi fechado em 29 de junho.

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