A partir desta segunda-feira (10), pessoas com mais de 55 anos que tenham comorbidades poderão se inscrever para a lista de espera de doses excedentes de vacinas contra a Covid-19 em unidades de saúde da capital.
A regra, que até sábado (8) não fazia restrição sobre a presença de comorbidades, foi alterada pela Secretaria Municipal da Saúde. Em nota, a pasta afirmou que a mudança se deu após "reavaliações de logísticas e processos de trabalho da campanha", sem detalhar quais os motivos para isso.
É preciso morar próximo da unidade de saúde onde se fez o pedido para dose excedente, que também poderá ser requisitada por profissional de saúde.
De acordo com a secretaria, diariamente são aplicadas entre 1.800 e 2.000 doses excedentes de vacinas contra a Covid-19 nas unidades de saúde.
Doses excedentes são aquelas que sobram em frascos abertos, mas não são aplicadas no público-alvo da campanha —atualmente, pessoas a partir de 60 anos— em horário próximo ao fechamenhto dos postos de saúde.
O objetivo é utilizar essas doses para evitar desperdício de imunizantes, já que os frascos possuem 10 doses que, depois de abertos, vencem entre seis (no caso da AstraZeneca/Oxford) e oito horas (a Coronavac, da Sinovac/Butantan).
O documento que orienta a vacinação na capital afirma que "nenhuma unidade de saúde tem autorização para desprezar doses remanescentes." Essa modalidade de vacinação também está disponível para profissionais da saúde com mais de 18 anos que morem na capital.
Para se inscrever nas listas de espera, a pessoa que se encaixa nos requisitos deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa e informar dados pessoais e um telefone para contato. "É importante que o número seja válido, pois é por meio dele que a equipe da unidade de saúde fará o chamado em caso de haver sobras", diz a pasta.
A secretaria afirma que haverá segunda dose mesmo para quem se vacinar na lista de espera, já que no comprovante de vacinação não consta esse tipo de informação.
Lista de comorbidades para a vacinação contra a Covid-19
- Doenças Cardiovasculares
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênitas no adulto
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão arterial resistente (HAR)
- Hipertensão arterial – estágio 3
- Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
- Doença Cerebrovascular
- Doença renal crônica
- Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
- Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
- Obesidade mórbida
- Cirrose hepática
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